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Em Paris, no décimo terceiro arrondissement, o escritório de arquitetura Moreau Kusunoki concluiu o Le Berlier, uma torre de madeira de 50 metros de altura que inclui unidades residenciais e uma série de outros serviços. Localizado na confluência de diversos fluxos urbanos, redes e escalas, o projeto busca equilibrar inovação, monumentalidade e conforto doméstico. O novo complexo residencial conta com uma fachada em grelha feita de madeira carbonizada e pré-temperada.
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Segundo os arquitetos, a concepção do conjunto é baseada na ideia de uma "parede habitada" que atua como uma estrutura de transição entre o ambiente urbano densamente construído e os espaços privativos no interior. A grade da fachada cria uma textura rítmica que contribui para a imagem serena do complexo. As proporções são influenciadas pelo sistema estrutural, destacando a verticalidade da composição. Essa escolha estética visa harmonizar a torre com as proporções e alturas dos edifícios ao seu redor, resultando em uma imagem urbana coesa.
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No térreo, a base transparente do Le Berlier promove conexões com o ambiente da rua, estabelecendo um contraste com a parte superior da parede habitada, que é mais reservada. Os espaços públicos resultantes, que incluem áreas compartilhadas, uma galeria de arte e um restaurante, tornam o edifício aberto à cidade. No total, o projeto abrange uma área de mais de 7.300 metros quadrados e oferece 77 unidades residenciais, cada uma com seu próprio espaço exterior privativo, além de diversas comodidades nos andares inferiores.
A escolha dos materiais para o edifício foi feita com o objetivo de transmitir a sensação acolhedora e serena da função residencial, ao mesmo tempo em que as proporções alongadas foram projetadas para integrá-lo ao contexto urbano. A fachada é destacada pela utilização de madeira carbonizada e intemperada. As decisões de design também se refletem na disposição das unidades residenciais, com cada unidade abrindo para um espaço exterior privado. Os arquitetos afirmam que essa abordagem fortalece a conexão entre o interior e o exterior, entre a natureza e a cidade, entre o espaço privado e público, possibilitando que o bairro se desenvolva de acordo com as necessidades de seus moradores.
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O Moreau Kusunoki, com escritórios na França e na Austrália, foi encarregado de projetar o Powerhouse Parramata, que será o maior museu de Sydney. Desenvolvido em colaboração com o escritório local Genton, tem previsão de conclusão para o início de 2025. Moreau Kusunoki também é o arquiteto por trás do Pavilhão do Instituto Sciences Po, um novo campus urbano que faz parte do projeto “Cœur 2022” das escolas no centro de Paris.